Técnicos do setor de drenagem do Samae, e os responsáveis pela fiscalização de atividades urbanas de Jaraguá do Sul, reuniram-se na manhã desta quarta-feira (5). O objetivo do encontro foi para traçar diretrizes de combate a uma prática comum no município: O descarte de materiais (inadequados) na rede de drenagem. Com certa frequência a tubulação é obstruída devido ao acúmulo de cimento, areia e diversos materiais utilizados na construção civil, além de gordura vegetal entre outros.
Na maioria dos casos, o cimento encontrado na rede é proveniente da limpeza de carrinhos de mão e betoneiras, usados em obras. Mas os fiscais já flagraram empresas “concreteiras” despejando o material que sobra ao fim do expediente, direto nas bocas de lobo. Isso causa transtornos e prejuízos consideráveis aos munícipes. Em algumas situações, boa parte da tubulação de uma rua precisou ser trocada, devido à obstrução ocasionada pelo acúmulo de cimento.
“Já houve casos de funcionários de um restaurante despejarem a gordura utilizada no preparo dos alimentos, direto na rede de água pluvial (água da chuva)”, comentou o gerente de drenagem urbana do Samae, Ramirez Bordignon Antunes.
O diretor presidente do Samae, Ademir Izidoro, cobrou providências enérgicas para inibir essa prática.
“Afinal, é o contribuinte quem paga a conta quando precisamos consertar o que alguém danificou e não é identificado. Não vamos admitir esse tipo de prática”, disse.
O chefe de fiscalização de atividades urbanas, Liandro Piske, alerta que, se alguém for flagrado descartando materiais nas bocas de lobo, pode ser notificado.
“A multa pode chegar a R$ 20 mil”, enfatiza.
E orientou os servidores do Samae a obterem o maior número de informações sobre as ocorrências.
“De preferência com fotos e vídeos para podermos notificar quem comete tais abusos”, explicou.
Piske recomenda a população que denuncie e registre as situações de uso inadequado das bocas de lobo da cidade.
E no final da tarde desta quarta-feira (5), uma denúncia levou os fiscais da prefeitura até a Rua Francisco Greter, no bairro Nereu Ramos. Em frente a uma construção foi identificado que havia cimento em uma boca de lobo. As imagens serão analisadas para que providências sejam tomadas.