Com a chegada do frio no estado, a população não deve se descuidar das medidas de prevenção da dengue, em função da aparente redução da população de mosquitos Aedes aegypti. Por conta disso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) alerta que os cuidados devem ser mantidos durante todo o ano, como forma de evitar novos casos da doença.
“A população de mosquitos diminui, porém, os ovos do mosquito podem sobreviver até um ano e meio em recipientes secos. E para o ovo eclodir é preciso que ele entre em contato com a água. Se o local em que ele foi depositado não for protegido corretamente, ele ficará ali esperando o momento propício para dar origem a um novo mosquito”, alerta João Augusto Fuck, diretor da DIVE/SC.
Portanto, é necessário manter os cuidados e as medidas de prevenção durante todo o ano.
“São ações simples que devem ser colocadas em prática agora, no outono e, também depois, no inverno. É preciso que seja um hábito analisar e inspecionar o quintal, a casa e o ambiente de trabalho. Eliminar locais que possam acumular água, pelo menos, uma vez por semana”, explica Tharine Dal-Cim, bióloga da DIVE/SC.
Cenário em SC
Dois óbitos por dengue já foram confirmados nesse ano em Santa Catarina. Os casos foram registrados em Joinville. Os últimos registros de morte por dengue em Santa Catarina foram em 2016, nos municípios de Chapecó e Pinhalzinho, no Oeste.
Além disso, até o momento, o estado tem 112 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. Já são 3.374 casos de dengue confirmados. A maioria deles (3.237 – 96%) é autóctone, ou seja, com transmissão dentro do estado.
Joinville está em epidemia de dengue e concentra 87,6% dos casos autóctones do estado, o que representa uma taxa de incidência é de 474,5 casos por 100 mil/hab. A Organização Mundial da Saúde define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Prevenção
O Aedes aegypti é um mosquito urbano e além de dengue, transmite zika e chikungunya. As ações para eliminar focos e, consequentemente, prevenir surtos da doença, dependem do empenho de toda a população e devem fazer parte da rotina.
“Uma vez por semana é importante separar dez minutos para procurar e eliminar possíveis focos do mosquito. Inspecionar caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo, bandejas de ar-condicionado, entre outros”, finaliza Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.