A ampliação dos mercados nacional e internacional para o setor têxtil e confecção é um dos pontos estratégicos para o Programa Travessia, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O tópico centrou a reunião da Câmara Têxtil, Confecção, Couro e Calçados da entidade, na última sexta-feira (9). No encontro, o industrial Giuliano Donini, do Grupo Marisol, assumiu a presidência da Câmara em substituição ao empresário Claudio Grando, da Audaces Automação
“Quando falamos que é um segmento que está entre os prioritários no Travessia, é porque entendemos que há espaço para crescimento tanto no exterior quanto internamente, onde temos uma população significativa e um ambiente dinâmico e aberto a inovações”, disse o diretor de inovação e competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates,
Donini disse que a Câmara olha para a cadeia produtiva como um todo. “O propósito da Câmara é ser uma instância consultiva integradora. Então ela fomenta iniciativas e olha para a defesa de interesses do setor. Mas o ponto que chamo a atenção é que tudo isso é em prol da construção de um ecossistema inovador, forte e resiliente. Temos no estado uma cultura têxtil, mas precisamos desenvolver um ecossistema, clusters que consigam potencializar o efeito de rede”, afirmou.
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destacou que o setor é fundamental para Santa Catarina. Ele observou que o estado ultrapassou São Paulo no segmento de vestuário e acessórios e se tornou o maior produtor do Brasil, com 26,8% da produção nacional. “A importância dessa atividade está evidenciada no próprio Programa Travessia, que coloca o têxtil e vestuário como uma prioridade. Temos um longo caminho a percorrer e precisamos fortalecer ainda mais nossas marcas e o que produzimos em Santa Catarina”, afirmou.
Ainda durante a reunião, foi destacado que há muitas potencialidades no segmento têxtil, mas há desafios de produtividade e também nas áreas tributária, fiscal, câmbio e nas regras de importação e exportação.