O México é o terceiro maior importador mundial de carne suína. Em 2021 importou 1,16 milhão de toneladas do produto e este ano a expectativa é de que as compras atinjam 1,25 milhão de toneladas
O Governo do Estado comemora abertura do mercado mexicano para a carne suína catarinense. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta segunda-feira (14) e, por enquanto, este será mais um destino exclusivo da produção catarinense.
“É com muita alegria que Santa Catarina recebe a informação da abertura do mercado mexicano para a carne suína produzida em nosso estado. Mais um destino exclusivo para a produção catarinense, que reforça a nossa excelência sanitária e a capacidade produtiva de nossas agroindústrias e produtores. Estamos preparados para atender esse grande mercado e não mediremos esforços para que o agronegócio catarinense continue crescendo e ganhando cada vez mais espaço internacional”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.
A publicação da autorização foi feita ontem (14) pelo Senasica – órgão equivalente ao ministério da agricultura brasileiro, responsável pelo controle da produção, importação e exportação de alimentos no México.
Nesse primeiro momento, todas as plantas habilitadas a exportar carne suína para o México são de Santa Catarina, primeiro estado brasileiro reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, a notícia é uma das mais importantes conquistas para a cadeia exportadora de proteína animal do Brasil. “O México é, historicamente, um dos três principais destinos das exportações globais de carne suína, com volumes próximos a 1 milhão de toneladas. Falamos de, aproximadamente, 10% do trade global. A abertura é parte das medidas tomadas pelo governo mexicano para o controle inflacionário. Neste contexto, o Brasil reforça a sua posição de apoio às nações para a segurança alimentar e para a oferta de alimentos”, ressalta.
Mercado mexicano
O México é o terceiro maior importador mundial de carne suína. Em 2021 importou 1,16 milhão de toneladas do produto e este ano a expectativa é de que as compras atinjam 1,25 milhão de toneladas, volume que deve se manter em 2023.
A principal origem das importações mexicanas de carne suína é os Estados Unidos.
Suinocultura em SC
Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil. Referência internacional em sanidade animal, o estado tem acesso aos mercados mais exigentes e competitivos do mundo.
De janeiro a outubro de 2022, o agronegócio catarinense exportou 497,9 mil toneladas de carne suína, com um resultado financeiro de US$ 1,1 bilhão. O estado responde por 55% dos embarques brasileiros e a produção de Santa Catarina abastece cerca de 70 países.