A psoríase é uma doença de pele crônica e não contagiosa, caracterizada por manchas avermelhadas e descamativas na pele. Essas lesões ocorrem devido a um rápido crescimento das células da pele, levando à acumulação de células mortas na superfície da pele.
Embora a psoríase seja uma doença primariamente dermatológica, algumas pesquisas sugerem uma possível associação entre a psoríase e doenças cardiovasculares. Pessoas com psoríase têm um risco aumentado de desenvolver problemas cardíacos, como doença arterial coronariana, hipertensão arterial e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
As razões exatas para essa associação ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que a inflamação crônica desempenhe um papel crucial. A psoríase é uma condição inflamatória, e a inflamação crônica pode afetar não apenas a pele, mas também órgãos internos, incluindo o coração e os vasos sanguíneos. A inflamação persistente pode contribuir para o desenvolvimento de placas nas artérias (aterosclerose), o que, por sua vez, aumenta o risco de eventos cardiovasculares.
Além disso, pessoas com psoríase podem ter fatores de risco adicionais para doenças cardiovasculares, como obesidade, diabetes e tabagismo, que também contribuem para a ligação entre psoríase e problemas cardíacos.
É importante destacar que nem todas as pessoas com psoríase desenvolverão problemas cardíacos, e a relação exata entre psoríase e saúde do coração ainda está sendo estudada. No entanto, é aconselhável que as pessoas com psoríase realizem exames regulares para monitorar a saúde do coração e adotem um estilo de vida saudável para reduzir os fatores de risco cardiovasculares. Se você ou alguém que você conhece tem psoríase e está preocupado com a saúde do coração, é essencial consultar um profissional de saúde para avaliação e orientação adequadas.
O tratamento para a psoríase pode variar dependendo da gravidade da condição, do tipo de psoríase e de como ela responde aos diferentes métodos. Vale ressaltar que não há cura definitiva para a psoríase, mas existem diversas opções de tratamento para controlar os sintomas. É crucial consultar um dermatologista para determinar o melhor plano de tratamento para o seu caso específico. Alguns dos métodos comuns incluem:
- Cremes e pomadas tópicas:
- Corticosteroides: Reduzem a inflamação e a coceira.
- Análogos de vitamina D: Ajudam a normalizar o crescimento das células da pele.
- Retinoides tópicos: Promovem a descamação das células da pele.
- Fototerapia (ou terapia de luz):
- A exposição controlada à luz ultravioleta pode ajudar a diminuir os sintomas.
- Medicamentos sistêmicos:
- Medicamentos orais ou injetáveis que afetam todo o corpo. Exemplos incluem metotrexato, ciclosporina e medicamentos biológicos.
- Inibidores de calcineurina:
- Medicamentos que suprimem o sistema imunológico localmente, geralmente usados em áreas sensíveis da pele, como o rosto.
- Estilo de vida saudável:
- Evitar fatores desencadeantes, como estresse e certos alimentos.
- Manter uma dieta balanceada.
- Evitar o consumo excessivo de álcool e parar de fumar.
- Hidratação da pele:
- O uso regular de cremes hidratantes pode ajudar a aliviar a pele seca e reduzir o desconforto.
É importante ressaltar que cada pessoa pode responder de maneira diferente aos tratamentos, e pode ser necessário ajustar a abordagem ao longo do tempo. Além disso, alguns tratamentos podem ter efeitos colaterais, e é fundamental discutir quaisquer preocupações ou efeitos adversos com o dermatologista.
Lembre-se de seguir as orientações do seu profissional de saúde e informá-lo sobre quaisquer mudanças nos sintomas. O acompanhamento regular é essencial para monitorar a condição e ajustar o tratamento conforme necessário. Ao persistirem os sintomas consulte seu médico.
Edição: Cássia Marcellino