Christian Raboch trabalha em fundação de Jaraguá do Sul. ‘Sempre quis ser biólogo porque eu sempre gostei de ter contato com bicho’, resume.
Seja fugindo de um lagarto teiú, ajudando a descolar a boca de um sapo ou assustando a própria mãe com uma píton o biólogo Christian Raboch está sempre perto dos animais.
Ele faz sucesso nas redes sociais, onde divulga com bom humor os resgates de fauna feitos por meio da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. Ele acumula 3 milhões de seguidores, entre várias plataformas diferentes. Em um dos vídeos recentes que chamou a atenção, o biólogo negocia com a mãe para deixar a píton na casa dela. “Vou ter que deixá-la aí um tempo”, diz Raboch. “Onde?”, pergunta a mãe. “No banheiro, em algum lugar”, responde. A mãe continua negando, mas, depois, é surpreendida pelo filho, que levou mesmo assim a serpente para casa.
Dividir com os internautas momentos de tensão ou de alegria, durante os resgates, segundo o biólogo, é uma forma de ampliar a educação ambiental (leia mais abaixo);
Nesta terça-feira (3), comemora-se o Dia do Biólogo, e Raboch deu dicas sobre a profissão e relembrou a própria trajetória.
“Sempre quis ser biólogo porque eu sempre gostei de ter contato com bicho”, resumiu. Ainda na graduação, ele já se interessava por educação ambiental.
“Durante a faculdade, eu fiz três anos de estágio em educação ambiental e, logo que me formei, comecei a trabalhar na Fujama com educação ambiental e resgate de fauna”, disse, sobre o início da carreira.
Dia a dia
O biólogo também falou sobre as alegrias do dia a dia da profissão.
“A parte mais gratificante com certeza é resgatar o animal e conseguir devolvê-lo para a natureza. O carinho das pessoas pelo trabalho acaba reforçando toda essa parte boa do resgate de fauna silvestre!”.
Também há o lado triste, quando o animal não sobrevive. “A situação mais difícil eu diria que é saber lidar com a perda… Como muitas vezes os animais que nós resgatamos estão abusados, machucados, algumas vezes infelizmente os animais acabam vindo a óbito e o sentimento de perda vem à tona”.
Divulgação nas redes sociais
Raboch declarou que a divulgação do trabalho nas redes sociais está relacionada à educação ambiental.
“Comecei a postar nas redes sociais os resgates em 2017. Aos poucos fui me adaptando aos algoritmos, no caso agora vídeos, e fui me aperfeiçoando, vendo o que as pessoas gostavam de ver”.
“Comecei a fazer vídeo porque é uma forma de mostrar o dia a dia do resgate de fauna e uma excelente forma de trabalhar educação ambiental com as pessoas. Em todo vídeo tento passar alguma informação relevante sobre determinado animal”, completou.
Segundo o biólogo, as duas postagens de maior repercussão foram dele fugindo do lagarto e do sapo com a boca colada com cola.