Indicador, que mede o aumento contínuo do preço de produtos e serviços, ficou acima da média nacional em 2024. Cálculo é da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Laranja paulista, café e azeite de oliva puxaram inflação em Florianópolis
TV TEM/Reprodução; TV Globo; Shutterstock
A inflação em Florianópolis ficou acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e fechou 2024 como a segunda maior entre as 17 capitais pesquisadas no estudo do Índice de Custo de Vida, feito pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
De acordo com definição do Banco Central, a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Ela implica diminuição do poder de compra da moeda. A metodologia de cálculo usada pela Udesc é a mesma do IBGE para medir o IPCA em todo o país.
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A inflação acumulada na capital catarinense no ano passado ficou em 5,95%, empatada com Belo Horizonte (MG) na segunda posição, e atrás apenas de São Luís (MA), com 6,51%.
O indicador em Florianópolis também ficou acima do IPCA nacional, fixado em 4,83%. O dado local mostrou que a alta dos preços em média foi superior a grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Confira os índices de todas as capitais pesquisadas no estudo:
Índice de inflação acumulada em 2024 entre capitais
Florianópolis
Em Florianópolis, entre os 10 produtos pesquisados que mais subiram em 2024, sete são alimentos:
laranja paulista (46,4%)
morango (38,7%)
azeite de oliva (31,6%)
alho (30,6%)
café em pó (29,4%)
beterraba (27,8%)
maçã (27,2%)
Completam a lista o amoníaco (37,7%), os analgésicos e antitérmicos (35%) e os sapatos infantis (31,5%).
Entre os nove grupos pesquisados, os que tiveram os maiores aumentos foram:
alimentação e bebidas (8,98%)
transportes (6,21%)
saúde e cuidados pessoais (6,16%)
habitação (6,12%)
Nos transportes, os itens que mais subiram foram passagens aéreas (12,8%) e gasolina (11,8%).
Os outros grupos de preços pesquisados tiveram aumentos abaixo da inflação geral do ano. São eles:
despesas pessoais (4,86%)
artigos de residência (4,48%)
educação (4,13%)
serviços de comunicação (3,47%)
O vestuário foi o único grupo com variação negativa (-2,31%).
Preços de produtos típicos do verão tiveram aumento acima da inflação
Estudo e metodologia
O estudo do Índice de Custo de Vida (ICV) é feito pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo IBGE para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis, de acordo com a Udesc.
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.
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