A Secretaria Municipal de Saúde de Guaramirim informou na semana passada que os casos de coronavírus estão afetando os profissionais da pasta, levando ao afastamento do trabalho e desfalque nas equipes dos postos de saúde, prejudicando os atendimentos não relacionados à Covid-19.
Segundo a Secretaria, são cerca de 30 profissionais da saúde afastados do trabalho por causa da Covid-19 (link). Na avaliação do prefeito Luís Chiodini (PP), houve um relaxamento da população em relação aos cuidados sanitários, o que também inclui integrantes do poder público.
“Não existiu primeira onda, a Covid-19 sempre esteve presente, o que houve foi um relaxamento da população, de nós, povo. Não adianta o poder público dizer que é só a população, e sim somos todos nós que estamos pecando, de uma maneira ou de outra”, declara.
O prefeito diz que, segundo especialistas na área, a tendência seria de que os números aumentem ainda mais, com previsão de que os dias 4 e 5 de janeiro sejam os piores já registrados até o momento.
“Então a gente tem medo realmente que comece a haver um rodízio de pessoas nas UTIs [Unidades de Terapia Intensiva], mas infelizmente esse rodízio sendo causado por causa de falecimentos e não por causa de melhoras e isso é uma coisa grave”, afirma.
Tanto a Secretaria quanto o prefeito afirmam que há dificuldades para contratar profissionais, pela falta de pessoas disponíveis no mercado.
“Não existe profissional no mercado, não existe. Chegou ao ponto de contratarmos, trabalhar dois dias e ser afastado por causa de Covid-19, então nós estamos com um problema sério disso, e isso não é só do município de Guaramirim, é de toda a região”, diz.
Postos de saúde sofrem com falta de profissionais
Por causa do agravamento da crise, o prefeito Luís Chiodini declara que a melhor forma de prevenir os casos e o colapso no sistema de Saúde é o uso da máscara e de álcool gel e do distanciamento social.
“Então a gente tem que no mínimo, acho que a população tem que entender que é por causa desse descuido que muitos postos de saúde estão sofrendo com isso”, diz.
Segundo o prefeito, o posto de saúde do bairro Bananal tem, normalmente, uma equipe de sete a oito profissionais, mas que está funcionando no momento com apenas dois, o médio e a enfermeira.
Essa falta de profissionais dificulta o atendimento à população. Ele alerta que o momento atual não é para procurar as unidades de saúde para fazer consultas de rotina.
“E é isso que a gente precisa que a população entenda, que deixe pra fazer o check-up rotineiro, nos postos de saúde, para mais tarde, não é a hora nem época para isso”, diz.
Ele avalia que, mesmo depois que a crise passar, o andamento dos serviços na Saúde, o trabalho dentro da Prefeitura e mesmo no setor privado, sentirão as consequências.
“Então a gente pede realmente pra população entender que nos do poder público estamos fazendo o possível e o melhor possível de forma transparente passando as informações reais para todos” destaca.
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