Italo Ferreira conquista o primeiro ouro da história do surfe nos Jogos Olímpicos

Se o mar japonês não favoreceu Gabriel Medina que ficou com a quarta colocação, as águas de Tsurigasaki mesmo com a proximidade de tufão, tiveram que se render a “brazilian storm” (tempeste brasileira, como é conhecida a equipe brasileira de surfe) e reconhecer o potiguar como o primeiro campeão olímpico do surfe na história dos Jogos Olímpicos.

O brasileiro saiu emocionado e carregado nos braços pela equipe brasileira. As lágrimas no rosto e a alegria demonstraram que todo o esforço foi recompensando pela bela vitória de 15.14 contra 6.60 do japonês Kanoa Igarashi.

Apesar de uma final olímpica, a brasileiro não foi ameaçado em nenhum momento. O único susto foi logo no início quando após um forte choque em uma onda, a prancha quebrou em duas partes e foi preciso que integrantes da equipe brasileira lhe entregassem outra prancha para continuar a prova.

Mas isso não foi problema para o brasileiro, que aproveitou muito bem as ondas e ventos fortes na praia japonesa e faltando 18 minutos para o fim da prova, o placar já estava 12.50 para Italo contra 5.58 de Igarashi.

Com menos de 10 minutos, o japonês não esboçava reação e não alterava sua pontuação e só via o brasileiro aumentar sua vantagem.

Antes mesmo do final da bateria, a ouro de Italo já parecia certo. A torcida e felicidade da equipe brasileira era nítida e ninguém escondia o otimismo. No final, o resultado de 15,14 contra 6,60, deixou muito claro quem merecia ser coroado o primeiro surfista campeão olímpico da história.

Após o estouro do cronômetro, Italo explodiu em alegria e choro com a vitória histórica.

“Eu vim com uma frase para o Japão: Diz amém, que o ouro vem”.  Tá na minha cama essa frase. Todo dia eu orava às três da manhã. Eu só tenho que agradecer a Deus. Por ajudar a minha família e as pessoas que amo. E é assim, entrei na água sem pressão e deu certo. Só queria que minha avó tivesse viva para ver isso. O que eu me tornei e o que eu consegui fazer. Pelos meus pais e por quem está ao meu redor. É algo que eu almejei bastante. Eu nem queria pegar a medalha. Eu queria dar um abraço em cada um que estava torcendo. Não só na minha família. Em todos que me apoiaram. Sei que é tarde no Brasil, todos tem que trabalhar, mas ficaram acordados para me apoiar.”, afirmou emocionado em entrevista para o Sportv.

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