Diagnosticado com a doença há cerca de um mês, Rodrigo D’amasceno corre contra o tempo para conseguir arrecadar R$ 68.250,00 para cobrir os custos do procedimento cirúrgico
O jaraguaense Rodrigo D’amasceno, de 29 anos, diagnosticado com osteossarcoma no maxilar está realizando uma campanha para custear uma cirurgia para a retirada do tumor. Diagnosticado com a doença há cerca de um mês, Rodrigo corre contra o tempo para conseguir arrecadar R$ 68.250,00 para cobrir os custos do procedimento cirúrgico.
Segundo ele, a doença foi diagnosticada após o surgimento de uma massa no maxilar.
“Procurei um dentista, que pediu exames e biópsia, mas só nessa espera, que foi de alguns dias, a massa já aumentou de tamanho. Com o resultado dos exames, fui encaminhado para um oncologista, que pediu mais exames e mais uma biopsia, para o resultado definitivo. Nessa espera de algumas semanas, o tumor ficou ali crescendo”, disse ele.
O osteossarcoma é um tumor ósseo, maligno e agressivo. E no maxilar é uma lesão rara, segundo Rodrigo. Ainda segundo ele, há chances de cura, mas para isso, é preciso fazer uma cirurgia de ressecção do tumor e, somente depois disso, iniciar o tratamento com quimioterapia. Conforme Rodrigo, o SUS não cobre totalmente a cirurgia, que precisa ser feita o quanto antes, para que o tumor não atinja outros órgãos.
Para arrecadar o dinheiro, uma vakinha on-line foi criada, através do link. Também é possível contribuir através do Pix, com a chave: CPF 099.793.469-73 em nome de Bruna Klemann Marcarini.
Sobre a doença
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o osteossarcoma é um tumor ósseo maligno que acomete principalmente adolescentes e adultos jovens, cujo tratamento combinado de quimioterapia pré-operatória (neo-adjuvante), cirurgia e quimioterapia pós-operatória tem aumentado significativamente o tempo de sobrevida destes pacientes, sendo o fator prognóstico mais importante o grau de necrose tumoral.
O osteossarcoma é um tumor agressivo, de crescimento rápido e que metastatiza precocemente. Caracteriza-se pela existência de células malignas do estroma com formação osteóide neoplásico, podendo também estar presente tecido cartilaginoso ou fibroso. Ocorre mais comumente na metáfise dos ossos longos, com predileção para ossos próximos ao joelho, mas pode acometer ossos da face, esqueleto axial e pelve. O osteossarcoma incide mais entre os 10 e 25 anos, tendo um segundo pico por volta dos 60 anos em condições predisponentes, como doença de Paget, osteogênese imperfecta, osteomielite crônica, infarto ósseo e irradiação prévia.
Ao diagnóstico, os pacientes apresentam-se com dor, no início intermitente e de leve intensidade, tornando-se contínua e intensa, aumento visível e anômalo do osso, ou com fratura patológica. Metástases estão presentes em cerca de 10 a 20% dos pacientes ao diagnóstico, sendo que 85% delas localizam-se nos pulmões, constituindo-se o osso o segundo local preferencial. O sucesso do manejo do osteossarcoma requer cuidadosa coordenação de estudo do estadiamento, biópsia, cirurgia adequada, quimioterapia pré e pós-operatória e algumas vezes radioterapia.