Com a chegada do verão, período propício para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Jaraguá do Sul enfrenta um aumento nos casos da doença. Segundo a Vigilância Epidemiológica local, em 2023 não houve mortes decorrentes da dengue, mas foram confirmados 176 casos, um aumento significativo de 147% em comparação com o ano anterior.
Um dado preocupante é o aumento dos casos autóctones, ocorridos dentro do município, superando os transmitidos em outras cidades pela primeira vez. No total, 89 pessoas foram contaminadas internamente, enquanto 87 contraíram a doença em outras localidades, e outros 4 casos estão sob investigação.
Os bairros com maior número de focos do mosquito transmissor em 2023 foram Ilha da Figueira, Centro, Vila Lenzi, Barra do Rio Cerro, Chico de Paulo, Rau, Jaraguá Esquerdo, Vila Nova, Vila Lalau e Água Verde. Ao todo, foram encontrados 2.260 focos na cidade, representando um aumento de 81% em relação a 2022.
Em Santa Catarina, o quadro também é preocupante, com 154 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti e 119.525 casos confirmados em 2023, um aumento de 42,8% em relação ao ano anterior. Pelo menos 38 cidades atingiram o nível de epidemia, e 98 óbitos foram registrados no estado.
O Diretor de Vigilância em Saúde de Jaraguá do Sul, Dalton Fischer, destaca a necessidade do engajamento da população para eliminar pontos de água parada, essenciais para a reprodução do mosquito. Medidas simples, como manter ambientes limpos e livres de recipientes que acumulem água, são fundamentais na prevenção da doença. O uso regular de repelentes, especialmente em ambientes ao ar livre, também é recomendado.
Os sintomas iniciais da dengue incluem dor muscular intensa, febre alta, dor atrás dos olhos, mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Nestes casos, é importante manter-se hidratado e procurar assistência médica.