Santa Catarina teve 5.823 acidentes causados por animais peçonhentos ou venenosos em 2023, segundo relatório do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do estado (CIATox/SC). Um deles resultou na morte de um homem. A maior parte dos acidentes ocorreu com aranhas.
Confira abaixo as espécies que mais causaram acidentes envolvendo animais peçonhentos:
- 🕷️Aranha-armadeira (Phoneutria spp) – 1.372, ou 23,6%
- 🕷️Aranha-marrom (Loxosceles spp) – 702, ou 12,1%
- 🐍Jararaca e jararacussu (Bothrops spp) – 492, ou 8,5%
- 🦂Escorpião-amarelo e escorpião-marrom (Tityus spp) – 333, ou 5,7%
- 🐝Abelhas – 156, ou 2,7%
- 🪼Água-viva – 29, ou 0,5%
- 🐛Taturana hemorrágica (Lonomia spp) – 20, ou 0,3%
- 🐍Cobra-coral (Micrurus spp) – 13, ou 0,2%
Confira abaixo a galeria com todos esses animais:
Aranha-armadeira capturada dentro de casa em SC — Foto: Christian Raboch
Aranha-marrom tem hábito de viver dentro de casa — Foto: Léo Noronha/Funed
Jararaca (Bothrops jararaca) — Foto: Butatan/Divulgação
Escorpião-amarelo tem a picada mais potente entre todos os escorpiões do Brasil — Foto: Vitor Corrêa Dias/iNaturalist
Abelha — Foto: rkasi/inaturalist
Caravela-portuguesa na orla da praia da Cachoeira do Bom Jesus, em Florianópolis — Foto: Bibiane Tonelero da Silva/Divulgação
Contato com a taturana Lonomia obliqua pode causa síndrome hemorrágica — Foto: Adriano Dias/ Instituto Butantan
Coral-verdadeira (Micrurus frontalis) é considerada a cobra mais letal do Brasil, pela toxicidade de seu veneno — Foto: Josh Vandermeulen / iNaturalist
Morte
A única morte registrada por um animal peçonhento em Santa Catarina em 2023 envolveu uma jararaca. A vítima era Evandro José Matteussi, de 42 anos. Ele era pastor de uma igreja na região e foi surpreendido pelo animal em uma área de mata perto de casa antes da virada do ano, em Agrolândia, no Vale do Itajaí.
A picada da serpente foi considerada “com certeza responsável” pela morte, segundo a avaliação do CIATox/SC. Ele ficou internado por cinco dias no hospital.
A espécie, inclusive, foi responsável por 492 dos 506 acidentes envolvendo serpentes no estado no ano passado.
A maioria das picadas ocorre no verão e na primavera, nos meses mais quentes. Do total, 77% das vezes as vítimas são homens. Em relação à área das picadas, 30,5% delas foram nos pés.