Jaraguá ultrapassa mil focos do mosquito Aedes aegypti no ano

No ranking de bairros com maior número de focos, o Centro lidera com 136 pontos de proliferação do mosquito

Jaraguá do Sul ultrapassou a marca de mil focos do mosquito Aedes Aedes aegypti. De janeiro até agora foram 1.004 registros, um aumento superior a 78% em comparação a todo o ano de 2021 (564 focos). São 515 casos suspeitos de dengue e 70 confirmados. Outros 14 casos estão sendo investigados e 431 foram descartados/negativos. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde através do Boletim da Dengue. O levantamento traz o número de casos suspeitos, os investigados, descartados e confirmados no Município, além do local de origem dos casos confirmados e os bairros com maior incidência de focos do Aedes aegypti.

O objetivo do boletim é informar a população e alertar sobre o crescimento do número de focos e de casos confirmados de dengue em Jaraguá do Sul. 

O Diretor de Vigilância em Saúde, Dalton Fernando Fischer, lembra que a situação no município – a exemplo do que está ocorrendo em todo o Estado –, preocupa.

“Por isso a necessidade de criar novas estratégias para sensibilizar os munícipes em relação à eliminação de possíveis focos do mosquito da dengue”.

No ranking de bairros com maior número de focos, o Centro lidera com 136 pontos de proliferação do mosquito transmissor da dengue. Em segundo lugar fica Ilha da Figueira com 110 focos.

Focos são larvas do mosquito Aedes aegypti encontradas em recipientes com água parada podendo ser em pratinhos de vasos de plantas, plantas aquáticas, ralos, tampinhas de garrafa, bromélias, pneus, calhas e em armadilhas instaladas pela equipe de Zoonoses.

A cada foco encontrado é delimitado um raio de 300 metros onde se visita imóvel por imóvel, alertando sobre a presença do mosquito naquela localidade. O setor entende que a população que está dentro do raio do foco precisa estar informada da circulação do mosquito naquele local, e assim entender a importância dos cuidados de não permitir que o mosquito tenha ambiente para se reproduzir e como deverão se proteger.

No caso de imóveis fechados, os agentes de endemias deixam uma solicitação de agendamento para visita posterior, conforme disponibilidade do morador. No caso dos bairros infestados – os moradores receberão no mínimo cinco visitas em um ano, até que não sejam mais encontrados focos do mosquito do bairro.

O Secretário de Saúde, Alceu Gilmar Moretti, frisa que a população precisa colaborar adotando medidas de prevenção, como a eliminação ou limpeza de objetos ou locais que possam acumular água, como pneus, vasos de plantas, baldes, calhas e outros. “Somente assim poderemos ter uma realidade diferente em Jaraguá do Sul comparado a outras cidades do estado.”

Sintomas – Normalmente, a primeira manifestação é a febre alta (39 °C a 40 °C) de início repentino, que tem duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Onde procurar atendimento – Na presença de sinais e sintomas, o paciente deve se dirigir imediatamente ao serviço de saúde e, caso já tenha sido atendido antes, deve retornar e não se automedicar. Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e tiver os sintomas citados, procure a unidade de saúde de referência. Evite o uso de medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS, Melhoral, Aspirina) e anti-inflamatórios não esteroides (Ibuprofeno).

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