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Janeiro Roxo – mês de conscientização e combate à hanseníase

O domingo (28), marca o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Em 2016 o Ministério da Saúde oficializou o Janeiro Roxo como o mês dedicado à conscientização sobre a doença. A campanha destaca a importância do diagnóstico precoce da hanseníase e busca sensibilizar a população, a fim de combater os preconceitos e estigmas associados à doença.

Em Jaraguá do Sul, o Programa de Controle da Hanseníase atua no Serviço de Assistência Especializada (SAE) e conta com uma equipe multidisciplinar composta por médico dermatologista, enfermeira, técnica de enfermagem, farmacêutica, assistente social e psicóloga.

Hanseníase
A doença é ocasionada pela microbactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen, em homenagem ao cientista norueguês Armauer Hansen, que a identificou em 1873. A infecção pode afetar indivíduos de ambos os sexos e todas as idades, embora seja necessário um longo período de exposição à bactéria, resultando em um pequeno percentual da população efetivamente adoecida.

Essa patologia atinge principalmente a pele, mucosas e nervos periféricos, podendo causar lesões neurais e danos irreversíveis caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.

Classificação da Hanseníase:
Paucibacilar:
Hanseníase indeterminada: Estágio inicial da doença, caracterizado por até cinco manchas com contornos mal definidos, sem comprometimento neural.
Hanseníase tuberculoide: Manchas ou placas bem definidas, com até cinco lesões, envolvendo um nervo comprometido, podendo ocorrer neurite.

Multibacilar:
Hanseníase borderline ou dimorfa: Manchas e placas com mais de cinco lesões, contornos variáveis, comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência frequente de quadros reacionais.
Hanseníase virchowiana: Forma mais disseminada da doença, dificultando a distinção entre a pele normal e danificada, podendo afetar nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos, associada a neurite e eritema nodoso na pele.

Sintomas
Os sinais e sintomas mais comuns incluem manchas na pele, alterações na sensibilidade térmica, dorosa e tátil, comprometimento de nervos periféricos, redução de pelos e suor, formigamento e/ou fisgadas, caroços (nódulos) avermelhados e dolorosos.

A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante e sem tratamento, elimina o bacilo através das vias aéreas superiores (espirro ou tosse), requerendo contato próximo e prolongado para a infecção. O período de incubação é, em média, de dois a sete anos.

O diagnóstico precoce, tratamento oportuno e investigação de contatos prolongados são fundamentais para prevenir a Hanseníase. O tratamento, composto por três antibióticos, é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), variando de 6 a 12 meses conforme a forma clínica da doença.

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