Em fevereiro, a indústria catarinense criou 14.106 vagas de emprego. O resultado foi o quarto melhor do país, atrás apenas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A indústria foi a segunda principal responsável pela geração de postos de trabalho no estado. No mês, o mercado de trabalho catarinense abriu 33.994 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram analisados pelo Observatório FIESC, nesta terça-feira (30).
“Os números confirmam a resiliência do industrial catarinense no enfrentamento à pandemia, mas é fundamental acompanharmos a evolução do cenário ao longo dos próximos meses, já que Santa Catarina é um estado que destina sua produção ao exterior e a outros estados onde há restrições de atividade que afetam as vendas”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Dos 18 setores analisados pelo Caged, apenas o segmento de fármacos e equipamentos de saúde registrou fechamento de 23 vagas. O destaque de fevereiro foi têxtil, confecção, couro e calçados, que ficou com saldo positivo de 5 mil vagas. Em segundo lugar ficou a construção (2.389 vagas), seguido de madeira e móveis (1.550), alimentos e bebidas (1.416 vagas), metalmecânica e metalurgia (1.323) e produtos químicos e plásticos (1.000 vagas).
Conforme análise do Observatório FIESC, o novo ciclo de aumento da taxa básica de juros, iniciado em março pelo Banco Central, busca amenizar o descontrole de preços, principalmente entre os elos das cadeias produtivas. De acordo com o próprio BC, a trajetória de elevação da taxa de juros é compatível com a convergência da inflação para a meta no biênio 2021-2022, evitando a configuração de um cenário de descontrole inflacionário.